6) Provações Nos Capacitam Para Nosso Tema de Louvor em Glória
Há outras razões para as
provações, e essas têm a ver com o futuro. Irmãos, Deus tem o futuro em vista
em tudo que Ele permite que Seu povo atravesse! Em cada experiência que
passamos aqui, Ele está procurando nos preparar para o tema que se encontrará
diante de nós em um dia vindouro.
Como sabemos, há duas
orações de Paulo na epístola aos Efésios. No primeiro capítulo, ele ora para
que os santos soubessem quão ricamente eram abençoados (Ef 1:16-23). No
terceiro capítulo, ora para o aumento da capacidade dos santos nas coisas
divinas para que pudessem apreender o vasto sistema de glória que cerca Cristo
e nosso lugar com Ele em tudo isso. E então, acima de tudo, orou para que
conhecessem o amor que providenciou tudo (Ef 3:14-21). A primeira oração é
objetiva e a segunda é subjetiva. O terceiro capítulo se encerra com uma pequena
doxologia[1]
de louvor. “a Ele seja a glória, na Assembleia em Cristo Jesus, por todas as
gerações do século dos séculos, Amém!” (v. 21 – JND). O Espírito de Deus
junta à oração do apóstolo um transbordamento de louvor para mostrar que quando
o coração de alguém é aumentado nas coisas divinas, ele produz louvor.
Mesmo que o apóstolo não
mencione sofrimentos e provação em suas orações em Efésios (porque o deserto
não é o assunto da epístola), o aumento de nossa capacidade está intimamente
conectado com as provações que passamos. O salmista disse: “na angústia me
deste largueza [na opressão me tens
aumentado – JND]” (Sl 4:1). E esse aumento carregaremos para
a eternidade. Enquanto os galardões que receberemos no Tribunal de Cristo serão
somente para o período do reino (o Milênio), nossa capacidade que está sendo
formada agora será para a eternidade. Paulo disse também: “Por isso, não
desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior,
contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2 Co 4:16-17). Observe,
ele não diz: “… produz para nós um peso milenar de glória”, mas um “peso
eterno de glória”.
Frequentemente diz-se que naquele dia, todos teremos nossas taças cheias de gozo,
mas alguns podem ter taças mais profundas, porque a capacidade dos santos
varia. Nossa capacidade está sendo formada agora à medida que nos beneficiamos
com a verdade que aprendemos e com as provações pelas quais passamos. As
experiências estabelecerão a base para nosso eterno tema de louvor.
Com misericórdia e com julgamento minha teia do tempo Ele teceu,
E o orvalho da tristeza foi lustrado com Seu amor.
Eu bendirei a mão que guiou; Eu bendirei o
coração que planejou,
Quando entronizado onde a glória habita, na terra de Emanuel.
[1] Provém do latim doxologia, que
por sua vez vem do termo grego doxa,
que significa “opinião” ou “glória”, com o sufixo -logia, que se refere à expressão oral ou escrita. Portanto, “doxologia” é uma expressão oral ou
escrita de louvor e glorificação.
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